terça-feira, março 21, 2006

Terminou no dia 21 de Março o prazo para entrega das listas concorrentes ao processo eleitoral para o Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Distrito de Santarém.
Surgiu uma lista concorrente encabeçada pela Camarada Anabela Freitas - Concelhia de Tomar.
Para conhecimento de todas e todos, divulgamos o Manifesto Eleitoral da candidatura.


MANIFESTO ELEITORAL



UNO E DIVERSO
PELO





A garantia de igualdade de género no seu pleno exercício de funções, é um direito humano essencial que compromete o exercício de todos os outros e que se assume como princípio fundador de uma sociedade democrática e um elemento fundamental de desenvolvimento, não devendo ser encarada, isoladamente, como uma questão importante apenas para as mulheres. A visão dualista da sociedade e do seu desenvolvimento implica o reconhecimento de que a trajectória de vida de mulheres e homens é histórica, social e culturalmente diferente e que estes factores são determinantes para a existência de acentuadas assimetrias a todos os níveis. As garantias dos direitos humanos são assim também diferentes e essa diferença condiciona a efectivação dos direitos de todos.

Assumir esta perspectiva muda a forma como vemos os direitos, liberdades e garantias e é condição para uma sociedade mais justa, solidária e igualitária.

A cidadania e a participação ocupam um lugar central na agenda das democracias consolidadas, logo é fundamental que se encorajem mulheres e homens a desenvolver competências nesta área assegurando, de facto, que a soberania reside igualmente em qualquer das metades que integram os povos.
O Departamento Federativo das Mulheres Socialistas surge como um veiculo privilegiado para incentivar uma maior participação das mulheres, para promover uma efectiva igualdade de direitos e deveres entre mulheres e homens, bem como a participação paritária em todos os domínios da vida política, económica, cultural, social e a sua intervenção na actividade do partido.

Nos próximos 2 anos, o Partido Socialista não estará envolvido em actos eleitorais, pelo que esta candidatura ao Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Distrito de Santarém, surge como uma candidatura de consolidação, aumento e reforço

RAZÕES DA CANDIDATURA:


CONSOLIDAR o trabalho efectuado nos últimos anos;

AUMENTAR o número de mulheres militantes e sua participação na vida partidária;

REFORÇAR a capacidade e força política do PS através da afirmação da igualdade entre mulheres e homens.


Estamos empenhadas em trabalhar para:

Aumentar a participação das mulheres junto das suas Concelhias;

Desenvolver trabalho específico junto de mulheres autarcas: Assembleias de Freguesia, Assembleias Municipais e Câmaras;

Que mais mulheres possam participar em Centros de Decisão


UNO E DIVERSO
PELO

quinta-feira, março 09, 2006


Um presente... para assinalar o Dia Internacional da Mulher. (clique na imagem)

terça-feira, março 07, 2006

Mulheres estudam muito mais mas continuam a ganhar menos

As mulheres portuguesas bem podem queimar as pestanas com os estudos, adiar o casamento e o nascimento do primeiro filho, que os homens continuarão a ter os empregos melhores e mais bem remunerados. Mas, nesta campo, não estão sozinhas - esta é a realidade da generalidade dos países europeus. Só que lá fora, os salários são mais elevados.Em Portugal, elas ganham 25,5% menos que eles, têm profissões menos qualificadas, são mais atingidas pelo desemprego e, nos últimos quatro anos, aumentou a taxa de emprego precário entre o sexo feminino. Estas são as principais conclusões de Eugénio Rosa, economista e membro da CGTP, que cruzou as estatísticas nacionais com as europeias, para relembrar que "a desigualdade com base no sexo persistem em Portugal". Isto, quando amanhã se comemora o Dia Internacional da Mulher.Os rendimentos anuais do estudo são feitos com base nos salários declarados à Segurança Social em 2005. Estes indicam ordenados médios mais baixos que os da Eurostat (827 euros para os homens e 616 para as mulheres) e que as trabalhadoras ganham menos 25,5% que os homens. "Apesar do aumento do nível de escolaridade das mulheres ser muito mais rápido do que o dos homens, estas continuam a ocupar na sociedade um lugar não correspondente", sublinha Eugénio Rosa.
A União Europeia, que também apresentou um levantamento estatístico sobre a desigualdade entre os sexos nos 25 países, indica uma discrepância salarial ligeiramente inferior: 22%. A conclusão é baseada nas remunerações praticadas nos sectores da indústria e serviços. A generalidade das mulheres dos 25 países ainda ganha menos que as portuguesas. A diferença é que os ordenados médios são mais do dobro dos portugueses. Se tivermos em atenção a mesma função laboral, a diferença salarial entre os sexos é menor, mas os técnicos europeus lembram que as actividades profissionais não estão distribuídas por igual. E, muitas vezes, a dificuldade de acesso a determinadas profissões é já uma prova de desigualdade.Se é verdade que há cada vez mais diplomadas com ensino superior comparativamente aos homens, estas ainda escolhem preferencialmente as áreas das letras e artes. A percentagem de mulheres na UE com o ensino superior é de 54,6%, sendo que representam 65,6% dos formados em letras ou em artes. Em Portugal, há mais licenciadas, além de que as universitárias representam 49,8% dos estudantes dos cursos de ciências, matemática ou informática, uma taxa superior a todos os outros 24 da UE.As mulheres representam 46,7% da população empregada em Portugal, mas só têm uma posição dominante nos empregos menos qualificados e pior remunerados. A excepção é o grupo dos "especialistas das profissões intelectuais e científicas", em que o nível de escolaridade é determinante e engloba os empregos ligados ao ensino, onde o sexo feminino é maioritário.As mulheres são mais atingidas pelo desemprego, 9% contra os 7% dos homens. E, entre 2001 e 2005, a percentagem em situação de emprego precário aumentou de 22,7% para 33,3%, enquanto o número de homens em situação idêntica subiu de 24,7% para 31,3%.
in Diário de Notícias, 07/04/2006